Se você me atiça, minha chama se agita
em labaredas
hercúleas, beijando o infinito
dos cumes
perfumados dos teus seios solares
por onde
crepitam teias de fogueiras, sinais galácticos
de
crepúsculos detalhados de sua figura
esbelta,
bailando em ondas ilhadas nos meus
pensamentos
aprisionados na sinfonia repetida.
Nos
interstícios de sua tez, página de pergaminho
milenar,
desenho a mil beijos as sílabas dos
meus
desejos, não me importando que as consoantes
se
desconectem das vogais a todos os instantes;
pois se você
me atiça de que servem as normas
sociais, de
que servem as juras repetidas dos amantes,
de que
servem os catálogos ensinadores do amor
perfeito; se
minha chama se esparzi a toda parte;
não há
espaço algum dormindo em alguma
almohada,
sendo que em cada canto que tocamos,
como que por
encanto, cada espírito nosso
em delirante
chama se tremula, se reparte,
se sacia e
cada toque é como a vara de
condão
permanente de uma mágica fada.
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