A madrugada incinerava a noite lacrada,
enquanto uma
simples luminária incidia,
sobre nós fluindo
a respiração entalhada,
juntos,
esculpíamos curvas na travessia!
A janela
comovida da densidade enluarada,
uma luminária
distante que bêbada luzia,
nossos corpos
entrelaçados a cada lançada,
jorravam suas
âncoras no cais e sua murada!
Mesmo que
caia a noite em vórtices e ondas,
nunca saberá
as cartadas destas intimidades,
embora tenha passado sobre ruas e cidades!
Aquela
janela que se abre e fecha em bandas,
permanece seu
ângulo para a sala de espera:
uma garrafa
de vinho nos inclina a primavera!
Nenhum comentário:
Postar um comentário