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domingo, 20 de janeiro de 2019

Convite em forma de poesia


Venha bailar comigo na chuva noturna, viajar por paraísos,
navegar em um sonho azul com O Pequeno Príncipe, voar com as
asas infantis de Fernão Capelo Gaivota sobre belos montes.
Venha escutar a sabedoria milenar do Profeta de Gibran,
encontrar os horizontes de Longe é um Lugar que não existe.
O que sobrou de mim além de ser poeta e místico nesta manhã?
Woody Allen perambulando nas brumas dos seus antológicos diálogos,
a bossa nova, a jovem guarda, a genialidade dos novos baianos,
Merlin em um passe de mágica coordenando todos os magos,
para onde foram aquelas paisagens douradas daqueles anos?
Onde estão Drummond, Neruda, Cecília, Bandeira, Florbela e Mistral?
Ó lembranças presas daqueles seresteiros e das vozes dos menestréis!
Hoje os homens se embriagam em um vitral onde deslizam suas mãos,
buscam imagens instantâneas e seus dedos são como pincéis
pintando o costumeiro dos cotidianos, que se desmoronam como vãos.
Não vivem o sobrenatural, ruminam apenas o viés repentino do virtual.
Ó mundo sem sentido e insípido, instantâneo que a tudo corrói!
Tecnológico tempo destecendo a vida e tornando a alma desnuda.
Adeus tempos em que se lia Allan Poe e se amava como Neruda!
Uma época tão linda em que não se vivia ao léu nem se perdia nos selfies!
Uma época em que não se fazia de conta, pois de conta não se faz a arte!
De bobo não se faz o inédito, não se inventa Bunuel, não se lê Vinícius de Morais!
Mas de tolo se lança o ébrio no vulto telepático, esquelético de uma fria tela,
ali projeta a fantasmagórica impressão do seu esfarrapado sentimento!
Ó momento da humanidade em que o eu transformou o ego em uma torre de cimento!
Saudades dos meus amigos poetas, considerados malditos por serem profetas,
seus sonhos carpidos, seus desejos pisoteados; corro atrás dos seus polens esparzidos por toda parte.
Deslizo pelas ruas noturnas de seus poemas clássicos dormindo sob a colcha da madrugada.
Encontro Salvador Dali em cada esquina, Cortázar, Garcia Lorca e o protesto permanente de Sartre.
Danço ao som de Bob Dylan e morrendo de rir com Carlitos levando flores para sua amada!

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