Há um momento exato,
onde recuar um passo
leva mais adiante do
que dar um salto.
Há um momento ideal,
aquele que em perícia
quando é executado
transcende um salto mortal.
Há uma astúcia correta
que anda de sandália baixa,
nunca se exibe de salto alto.
É aquele que sabe que não sabe,
que sabe que tudo é passageiro.
Aquele que como uma humilde fresta
deixa passar a ventania sem ser notada.
Aquele que tem a sabedoria
da oração interior, da voz do
santo espírito guiando seus passos.
Aquele que sabe ter, ser e esperar e
tem a quietude do silêncio à beira mar.
Aquele que não quer aparecer,
pois carrega por dentro uma resposta desvelada,
que nunca se põe como o sol de Heráclito.
Aquele que está sempre de avental a servir.
Que quanto mais serve ao outro, mais bela
fica sua pedra interior, aquela que está no
meio do caminho drummondiano: o coração!
O saber de que a todos retorna tudo.
Volta como sempre volta tudo na natureza.
Retorna com tudo, retorna sem avisos e sem alarde
porque o eco da resposta da vida é mudo.
Poemas e contos contribuem para a recuperação de nosso ser, viajando pelos nossos mitos e arquétipos, pelas lendas, pelas aventuras de nossa essência através das dunas do tempo.
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domingo, 20 de janeiro de 2019
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