Olhos magníficos,
bailam enquanto
espiam. Guardam
em redomas de
marfim enquanto
perscrutam ninfas
simbólicas nas
torres dos contos de
fadas, como
são erguidos os mundos!
Olhos
apalpando o veludo da tez
escorregadia
sob a nudez de tudo,
envolvendo o
nível aparente. Surgindo
na superfície
incidente, inaugurando
o esplendor
embutido sob a blindagem.
Vestindo de
orvalho a cadente paisagem!
Olhos apalpando
calmamente com
dedais de
ouro e ornamentados de
pratas seus
dedos são castiçais sagrados;
ou seja seus
cílios entreabertos entre
girar de
girassóis sobre os campos dourados!
Nunca vi tão
belos cerimoniais como
teus olhos
de vinhedos , de cidrais concentrados
na presença
, descendo como cascatas
a se
dispersar, mas se unificam nos
movimentos sutis
e quando se deslocam
da atenção,
nunca vão embora, pois deixam
um perfume
de lembrança, deixam um
lacinho de fita
nas trancinhas a pentear
as cartas
dos momentos, com seus naipes.
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