Viver
sozinho, sem o perfume prateado desta tua presença?
Alguém poderia
dizer que é somente dar adeus, te esquecer,
mas
certamente este palpiteiro saberá quem me
convença,
como seguir o
meu caminho vazio abraçando a inexistência?
Meus
pensamentos ficam frágeis e cada forma os condensa,
solitário,
no fundo de um abismo frio necessito me aquecer,
que me venha
o sábio antigo em cujo pergaminho eu vença
os subterrâneos
do meu ser sem luz por onde me vejo descer!
Conseguiria o
céu noturno ficar eternamente escuro, nublado,
sobrepondo frágil
como um ébrio, após o final do entardecer
sem nenhuma
possibilidade de cobrir o tédio nem um bocado?
Quando você
me aparece e das cinzas , dançando, ressurgindo
como uma
orquídea pendurada no meu terno bem engomado,
não existe
alegria maior, minha alma faz-se um sol se abrindo!