Brilhando em um alpendre dourado de alfazema,
o sol incognoscível
vem ardente me perguntar
sobre o
indizível, porque permanece o dilema,
não sei
responder, como é difícil saber esperar!
Em torno de
mim um desafio me rende; teorema
insistente,
estende sua pergunta suspensa no ar,
um ardor,
uma lamparina por dentro me queima,
escuta menina,
não vejo a hora de te encontrar!
O
impermanente segundo traz outro segundo,
contudo repetindo,
sendo assim que tudo passa,
vai passando, enfim se amalgando, se enlaça!
Pensamentos
chegam e trazem pensamentos.
Somente a
cuidar destes pensares, pensando,
não me
desfaz a vontade de ficar te esperando.