Minha musa vem deitar solene em meu colo,
o universo inteiro me cobre nas asas do toque,
estou solto, nada me segura, fugiu-me o solo,
não há palavra maior, nem rima que me evoque,
senti-la neste instante, aparentemente singular,
mas não é comum como fazem todos os casais,
não há resposta ou significado onde vá procurar,
captar esta volúpia, tesão, sacudindo vendavais.
Desabotoa meu short por onde cola o seu rosto,
busca tanger-me, sintonia mágica do movimento,
ninguém mais que nós nesta gostosa acoplagem!
Parem Ó mundos, nesta tarde o sol já quase posto,
penetra avermelhado na boca de um monte poente,
repetimos a mesma cena, vai e vem desta miragem!
Poemas e contos contribuem para a recuperação de nosso ser, viajando pelos nossos mitos e arquétipos, pelas lendas, pelas aventuras de nossa essência através das dunas do tempo.
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quarta-feira, 31 de julho de 2019
Você 14
Quando tu deitares novamente naquela praia arrebalde,
saberei descer tangetemente como uma pluma cadente,
tocarei com meus lábios sinfônicos e muita suavidade,
com carícias a pele sensível do teu perfumado ventre.
Assim em círculos conseguirei traçar girândolas soltas,
a partir do teu umbigo, descendo cada vez mais pouco,
tuas mãos amassam a areia enquanto sou muitas bocas,
neste momento não pode haver no mundo algo tão louco!
Embora seja manso, sentirei teu suspirar bem arquejante,
enquanto abro para escorregar-me entre tuas coxas livres,
como as sombras de outono vão cobrindo cada alameda,
quanto mais acaricio, sigo mais profundamente radiante,
amar é saber viver neste prazer que te faço e agora vives,
enquanto me inclino, chupo o nectar de tua corola de seda.
saberei descer tangetemente como uma pluma cadente,
tocarei com meus lábios sinfônicos e muita suavidade,
com carícias a pele sensível do teu perfumado ventre.
Assim em círculos conseguirei traçar girândolas soltas,
a partir do teu umbigo, descendo cada vez mais pouco,
tuas mãos amassam a areia enquanto sou muitas bocas,
neste momento não pode haver no mundo algo tão louco!
Embora seja manso, sentirei teu suspirar bem arquejante,
enquanto abro para escorregar-me entre tuas coxas livres,
como as sombras de outono vão cobrindo cada alameda,
quanto mais acaricio, sigo mais profundamente radiante,
amar é saber viver neste prazer que te faço e agora vives,
enquanto me inclino, chupo o nectar de tua corola de seda.
Você 13
Sobre a modular escrivaninha
o relógio parou pelas 6,
observando os bicos de rendinha
sobre a mesa, me lembra
suas roupas íntimas me
convidando a um atrevimento,
daqueles que nos levam
a um momento que não se conta.
Para outros, do outro lado
em outros prédios, pode ser
muito mais que seis, talvez
seis e meia, ou seis com
inteiros tédios!
Para os outros do outro
lado do planeta quem sabe
muito mais que dezoito
e tanto!
Mas somos dois trilhos
que não obedecem à disciplina
da estação do trem de ferro,
pois nos encontramos
e deixamos que tudo
desencarrilha sobre nossa cama.
Quaisquer horas a mais
não valem nada e não
passarão sobre nós,
pois somos nós que passamos
um sobre o outro e que
se danem as horas!
Sinto dó das lagartixas lá fora
sobre as pedras balançando
em vão suas cabecinhas,
pois nunca serão humanas,
nunca terão este frenesi
tão louco neste instante!
Enquanto todos os outros
passam suas horas patéticas,
nós nos passamos um
sobre o outro, temos licenças
poéticas de parar o tempo
sobre a escrivaninha,
nesta paixão delirante e noética.
o relógio parou pelas 6,
observando os bicos de rendinha
sobre a mesa, me lembra
suas roupas íntimas me
convidando a um atrevimento,
daqueles que nos levam
a um momento que não se conta.
Para outros, do outro lado
em outros prédios, pode ser
muito mais que seis, talvez
seis e meia, ou seis com
inteiros tédios!
Para os outros do outro
lado do planeta quem sabe
muito mais que dezoito
e tanto!
Mas somos dois trilhos
que não obedecem à disciplina
da estação do trem de ferro,
pois nos encontramos
e deixamos que tudo
desencarrilha sobre nossa cama.
Quaisquer horas a mais
não valem nada e não
passarão sobre nós,
pois somos nós que passamos
um sobre o outro e que
se danem as horas!
Sinto dó das lagartixas lá fora
sobre as pedras balançando
em vão suas cabecinhas,
pois nunca serão humanas,
nunca terão este frenesi
tão louco neste instante!
Enquanto todos os outros
passam suas horas patéticas,
nós nos passamos um
sobre o outro, temos licenças
poéticas de parar o tempo
sobre a escrivaninha,
nesta paixão delirante e noética.
Você 12
Meus olhos ansiosos bem te procuravam
desde as eras antigas além mais distantes!
Quando amantes ébrios se entreolharam,
captaram o poderoso valor dos diamantes!
Finalmente olhando-nos nos encontraram,
deslumbrantes veredas recipientes, tardias,
estas luzes dos teus olhos me confirmaram,
por você, em anos, procurava todos os dias!
Felizmente com meus olhos te acompanho,
como se estivessem aqui pertinhos de mim,
pois nossos olhos primaveris se enamoraram!
Como um pastor atento cuida do seu rebanho,
ou um bem te vi amoroso beija um jasmim,
nossos olhos amando-se em par ancoraram!
desde as eras antigas além mais distantes!
Quando amantes ébrios se entreolharam,
captaram o poderoso valor dos diamantes!
Finalmente olhando-nos nos encontraram,
deslumbrantes veredas recipientes, tardias,
estas luzes dos teus olhos me confirmaram,
por você, em anos, procurava todos os dias!
Felizmente com meus olhos te acompanho,
como se estivessem aqui pertinhos de mim,
pois nossos olhos primaveris se enamoraram!
Como um pastor atento cuida do seu rebanho,
ou um bem te vi amoroso beija um jasmim,
nossos olhos amando-se em par ancoraram!
Você 11
Simplesmente encostei-me no canto da rua,
para escrever de repente um lindo soneto!
sou poeta, estou na minha, estou na sua,
é assim mesmo que sou, este é meu jeito!
Do bolso tiro rapidamente meu caderno,
assim como puxei o lápis bem apressado,
deve ser um soneto amorosamente terno,
amando pra sempre, presente sem passado!
As pessoas passam rapidamente inquietas,
observam-me de soslaio, escrevendo calado,
enquanto vou pelos ares, delirante, voando!
Olhem o que as musas fazem com os poetas!
Invadem-lhe em sonhos, em sentimento alado,
esvoaçam versos, seres aos dois se acoplando!
para escrever de repente um lindo soneto!
sou poeta, estou na minha, estou na sua,
é assim mesmo que sou, este é meu jeito!
Do bolso tiro rapidamente meu caderno,
assim como puxei o lápis bem apressado,
deve ser um soneto amorosamente terno,
amando pra sempre, presente sem passado!
As pessoas passam rapidamente inquietas,
observam-me de soslaio, escrevendo calado,
enquanto vou pelos ares, delirante, voando!
Olhem o que as musas fazem com os poetas!
Invadem-lhe em sonhos, em sentimento alado,
esvoaçam versos, seres aos dois se acoplando!
Vc 10
Dado estranho de quatro faces,
terra, água, ar e fogo!
Lançou-me em gitano jogo.
Fui um leito errante sem um rio crepitante!
Fui marcas pelas estradas perdidas
de seus passeios crepusculares.
Fui fruto amadurecido sem que
nenhum pássaro pousasse em minha
rama para que eu me servisse de pasto
à sua sobrevivência.
Um dia um anjo me avisou que
você chegaria e por incrível você
chegou lá naquele canto da livraria.
De águas bacilares encheu meus
leitos com afagos e paisagens.
De anáforas preencheu minhas
alegrias repetidas em dóceis viagens.
Pousou como um pássaro que
devora o fruto e leva a semente
no bico para que nada seja ausente
e renasça em fruto permanente.
Você passou a limpo meu esboço!
Só você minha amada
tem a varinha de condão,
tem o dom da proclama
derramando a doçura de
um fogo fátuo sobre minha chama.
Só você tirou-me do fundo do poço
e me convidou para brindar
a vida, sentir o sol, pisar o chão!
terra, água, ar e fogo!
Lançou-me em gitano jogo.
Fui um leito errante sem um rio crepitante!
Fui marcas pelas estradas perdidas
de seus passeios crepusculares.
Fui fruto amadurecido sem que
nenhum pássaro pousasse em minha
rama para que eu me servisse de pasto
à sua sobrevivência.
Um dia um anjo me avisou que
você chegaria e por incrível você
chegou lá naquele canto da livraria.
De águas bacilares encheu meus
leitos com afagos e paisagens.
De anáforas preencheu minhas
alegrias repetidas em dóceis viagens.
Pousou como um pássaro que
devora o fruto e leva a semente
no bico para que nada seja ausente
e renasça em fruto permanente.
Você passou a limpo meu esboço!
Só você minha amada
tem a varinha de condão,
tem o dom da proclama
derramando a doçura de
um fogo fátuo sobre minha chama.
Só você tirou-me do fundo do poço
e me convidou para brindar
a vida, sentir o sol, pisar o chão!
Você 9
Meu corpo está sendo
escaninhado por este
bloco de rascunhos
me acompanhando
escorregadio ávido
de novos poemas,
enquanto sou domador
de minha ânsia felina,
enquanto sou forjador
do bronze de minha
inspiração em seu fervor,
ó doce, inusitada menina!
Acompanha-me também
um lápis com sua
ponta prontinha,
protótipo do que
é erétil e foi circuncidado
como manda a tradição,
não escrevo rascunho,
escrevo obra prima,
embora de próprio punho,
vou à vontade, não vou
só na rima, vou de coração,
transeuntes passam e
aconselham "escreva
em um computador!",
não compreendem que
sou benquisto e sou
muito mais perfeito
quando escrevo com grafite
a deslizar neste papel!
Sou poeta mor,
não sou um amador!
Que as outros bedelham,
mas não venham a
mim com infundado palpite!
Minha folha de papel
reluz a alvura de sua alma,
a brancura de sua beleza lunar,
grafitando sinto-me cinza,
como nuvens pensamentos
navego em seu corpo,
em suas reentrâncias
me sacio a deslizar.
escaninhado por este
bloco de rascunhos
me acompanhando
escorregadio ávido
de novos poemas,
enquanto sou domador
de minha ânsia felina,
enquanto sou forjador
do bronze de minha
inspiração em seu fervor,
ó doce, inusitada menina!
Acompanha-me também
um lápis com sua
ponta prontinha,
protótipo do que
é erétil e foi circuncidado
como manda a tradição,
não escrevo rascunho,
escrevo obra prima,
embora de próprio punho,
vou à vontade, não vou
só na rima, vou de coração,
transeuntes passam e
aconselham "escreva
em um computador!",
não compreendem que
sou benquisto e sou
muito mais perfeito
quando escrevo com grafite
a deslizar neste papel!
Sou poeta mor,
não sou um amador!
Que as outros bedelham,
mas não venham a
mim com infundado palpite!
Minha folha de papel
reluz a alvura de sua alma,
a brancura de sua beleza lunar,
grafitando sinto-me cinza,
como nuvens pensamentos
navego em seu corpo,
em suas reentrâncias
me sacio a deslizar.
Você 8
Que me
importa se o mundo
amanhece com
tantas notícias?
Que me
importa se os carros
atravessam as
avenidas com
com seus
ruídos?
Que me
importa se descem
águas de
chuveiros, pois alguns
também se
levantaram cedo,
mas despertam
sem o fogo
esplendor de
uma musa,
porque
balbuciam canções mudas.
Que me
importa se os toques
de alguns
celulares são tantos
e disputam com
os passarinhos seus
primeiros cantos!
Para que
tantos passos nas ruas
se você me
desperta, pois percebe
que minha
alma tem sempre uma
janela aberta
para receber o brilho
de sua
presença.
Só sei que
te amo infinitamente.
Nesta
madrugada o vento movimenta
as folhagens
úmidas das árvores,
talvez por
aparentarem corpos femininos...
Dizem por aí
que o vento é másculo,
levanta a
saia das mulheres e
tenta despentear
suas cabelos,
entranhar-se
em seus enredos....
Mas isto
seja o que me importa,
aprender com
ele a lição,
conhecer o
ensaio desta dança
de não
deixar-se ausente e ser
pleno de
atenção.
Talvez ele
pensa que são as
árvores que
passam por ele,
como bailarinas
do ventre
dançam em
movimentos andaluzes.
Penetro
nesta madrugada,
por mais
rápida seja, ela é
mais profunda
que a noite
por onde
atravessei como
um pirata
dos mares.
Por eles
também as sereias
se apaixonam
e serpentinam
chuvas de
fetiches ante seus barcos.
Meus beijos também
serão orvalhos
que cairão suaves
sobre o amanhecer de sua tez.
Importa-me
que eu a tenho em meus
braços, eles
são nossas raízes que se
encravam em
nossos dorsos,
onde as
unham deixam o carimbo
de uma
paixão jamais esquecida.
Embora não
possa abraçar as
últimas estrelas,
sinto-me feliz, pois
amá-la vale
mais que tê-las.
Subimos
pelas paredes e caminhamos
embriagados pelo
teto.
Ninguém
jamais saberá de tantos carinhos
nem um
terço.
Caminhamos
assim em volta do balaustre,
porque nos
viramos do
avesso na
profundidade de cada afeto.
terça-feira, 30 de julho de 2019
Você 7
A tarde
desmaiou no colo dos pinhais calados, emudecidos,
de verdes se
fizeram alvaiades, enquanto em suspenso andar
recolhendo protótipos
caminhos insulanos, tu entravas no mar.
O tapete de
areal bordado de conchas milenares deslumbrava
semitons de
delírios chamejantes sob teu vulto esbelto a deslizar,
mais uma vez
confirmo, enquanto tu entravas no mar.
As vagas que
aplainavam distantes se sossegaram, apenas beijavam nas
pedras rústicas
seus dorsos recauchutados de corais, enquanto todas as
ondas revoltas
em girar de paz se tornaram,
afinal de
contas tu entravas no mar.
Com seus
dorsos ondulantes gaivotas desenhavam parábolas no ar,
com elas o
céu se pôs a voar, enquanto todas as nuvens mudavam de
formas e
lugar, trocavam seus vultos por outros mais espetaculares,
brindavam a
este festival inédito, o fato de que tu entravas no mar.
As curvas
das colinas encimais se portaram eroticamente em louvor
ao teu corpo
inigualável, ao teu ser sublime, enlace de ninfa no carinho
supremo, enquanto os meus olhos se calavam
como águas postas em
alcarraza, pois se há de considerar que tu
entravas no mar.
Pela
primeira vez lá na última linha infinita do horizonte marítimo não foi
o céu que beijou o mar, nem foi o mar que se
enamorou do céu como
cantaram todos os menestréis, pois neste
momento o que mais vale a
pena não é repetir o que qualquer incauto sabe
intuir; pois o que vale a
pena mesmo é refletir, que se um dia tudo
ficar escondido pelo tempo em
seus véus, ninguém jamais esquecerá a cena
quando tu entravas no mar!
segunda-feira, 29 de julho de 2019
Você 6
Favos de mel
descem fluindo a cada momento,
a cada
suspiro, em nossas coxas envolvendo-se,
travesseiros
sem fronhas, soltos a cada alento,
tranças de
braços, em abraços envolvendo-se.
Aos poucos
as luzes do quarto tornam-se toscas,
jogam
sombras curvas tangentes sobre nós dois;
os nossos
seres cirzam beijos em nossas bocas,
nossos
desejos infinitos, sem antes nem depois.
Cantos
recolhem nossos movimentos no aposento,
são conteúdos
guardados, nos mesclamos no ato,
são frutos
maduros, esfiras solenes de nossa cabala.
Enquanto tudo
vai se acoplando por fora, por dentro,
toques de
nossos seres guardam prazeroso contato,
Ideograma máximo
de prazer por infinita mandala!
Você 5
Os Poetas românticos
se debruçaram apaixonadamente,
pensando escrever
com pena de ouro um reluzente sentir,
tecendo bem
primorosos por mais fossem em ardor latente,
embalando versos
grandiosos como lindas estrelas a luzir.
Cavaram
incansavelmente como mineradores de corações,
buscando com
ardor, tesouro, pedras preciosas e cristalinas,
cujos brilhos
fossem estrofes duradouras, doces em canções,
cujo frescor
fossem brisas madrigais beijando topos de colinas.
Poetas anoiteceram
como estrelas permanentes sobre um cais,
cujas águas embalam
na solidão vidente da sólida ancoragem,
o vai e vem
de cada barco a bailar vazio sem destino e remador.
Buscaram com
emoção construir o poema que ninguém desfaz
depois de
escrito, nem se queima, nem se esquece à margem,
não é fácil
encontrar no reino das palavras o que significa amor!
Soneto a Ester Abreu
Escritora dos sonhos esteja onde estiver,
compondo, escrevendo, sorrindo, rimando,
casemira textual em forma macia de Ester,
rouxinóis de madrigais, signos estrelando!
compondo, escrevendo, sorrindo, rimando,
casemira textual em forma macia de Ester,
rouxinóis de madrigais, signos estrelando!
Laços que nos unem à memória peninsular
nossa história entrelaçada à cultura ibérica,
halos de luz com círculos de fetiche a brilhar,
evocando um ensaio, fogo fátuo pela América!
nossa história entrelaçada à cultura ibérica,
halos de luz com círculos de fetiche a brilhar,
evocando um ensaio, fogo fátuo pela América!
Ai quem me dera, esta vontade que me invade,
ter este dom, ter esta magia, ter este tempero,
a grandeza, possuir a beleza plena deste mister!
ter este dom, ter esta magia, ter este tempero,
a grandeza, possuir a beleza plena deste mister!
Encontrar meu baú, lá no fundo a chave sefarad,
não posso ser o último, nem posso ser o primeiro,
mas pelo menos siga a doçura dos passos de Ester!
não posso ser o último, nem posso ser o primeiro,
mas pelo menos siga a doçura dos passos de Ester!
domingo, 28 de julho de 2019
Você 4
Toda musa é
cara metade de todos os prazeres.
Todo poema é
encantador quando há encantamento.
Não é a soma
de todas as mulheres que faz o poeta
cantar o seu
louvor.
Tudo vem de
um encontro fenomênico em dado momento.
Mas apenas
uma mulher no singular edifica seu esplendor.
O poeta
quando é refém deste encanto, escreve nos contornos
do corpo de
sua Musa seus versos mais verdadeiros, na meiguice
do verbo
amar.
Pois esta é
a página de carinhos onde ele derrama
sua poesia,
dia e noite, noite e dia sem fim; assim como os canteiros
floridos contornam
as orlas de um jardim.
Pelas
penumbras macias de sua pele desliza suas frases como uma chama,
assim como a
lua esparrama seus mistérios sobre as noites suntuosas.
E quando
amanhece ele se sente senhor dos mundos, pois suas mãos sentem a maciez da pele
de sua amada, como o alvorecer do sol mal escapa a madrugada já lança seus
raios benfazejos pelos vales mais profundos.
O amor é um
palco já pronto, incita, provoca, borbulha o sangue, enquanto cada verso sobe a
escada com cadência na rima e no ritmo de cada carinho e beija o céu do clímax mais
prazeroso !
sábado, 27 de julho de 2019
Coração Cristão
Nas cidades de pedras os homens viviam truncados,
em seus peitos arfantes tropegavam suspiros
em morfemas trancados por guardas reinóis
em algemas trancafiados e quando saíam
às ruas não iam de braços dados a sóis
nem a luas, pois as ruas eram de pedras
e seus passos pesados carimbavam nas
suas rígidas arestas as chagas dos seus
fardos e seus vultos desalinhados como
párvulos e sombrios seres sem alma!
Um dia, com sete pancadas magistrais
bateram no grande portão de pedra da
cidade de pedra dos homens de coração
de pedra e quando o abriram com um
sorriso de pedra, viram-se diante de um
ser com uma face macia de lã e com um
gesto de amor no ar, como um bisturi
rasgando as vestes de pedra daquela
manhã e a vestindo com uma capa de
organdi, que as poucos foi-se expandindo
e a cada pedra abrandando, mudou em
cada retina a posição de cada astrolábio
e latejando perfumes de cinamomos e
cássias por cada viela e esquina e
retirando a venda de mortalha de seus
olhos, tornou-os tão leves como meteoros
e plumas, que já não andavam e sim
sobrevoavam sobre dunas macias, como
se entre videiras se põe a colher uvas e
entre macieiras se põe a colher pomos!
Dizem por lá que se venderam a Cristo
por trinta moedas, somente o amor,
o grande amor é capaz de mudar
os corações de pedras!
em seus peitos arfantes tropegavam suspiros
em morfemas trancados por guardas reinóis
em algemas trancafiados e quando saíam
às ruas não iam de braços dados a sóis
nem a luas, pois as ruas eram de pedras
e seus passos pesados carimbavam nas
suas rígidas arestas as chagas dos seus
fardos e seus vultos desalinhados como
párvulos e sombrios seres sem alma!
Um dia, com sete pancadas magistrais
bateram no grande portão de pedra da
cidade de pedra dos homens de coração
de pedra e quando o abriram com um
sorriso de pedra, viram-se diante de um
ser com uma face macia de lã e com um
gesto de amor no ar, como um bisturi
rasgando as vestes de pedra daquela
manhã e a vestindo com uma capa de
organdi, que as poucos foi-se expandindo
e a cada pedra abrandando, mudou em
cada retina a posição de cada astrolábio
e latejando perfumes de cinamomos e
cássias por cada viela e esquina e
retirando a venda de mortalha de seus
olhos, tornou-os tão leves como meteoros
e plumas, que já não andavam e sim
sobrevoavam sobre dunas macias, como
se entre videiras se põe a colher uvas e
entre macieiras se põe a colher pomos!
Dizem por lá que se venderam a Cristo
por trinta moedas, somente o amor,
o grande amor é capaz de mudar
os corações de pedras!
sexta-feira, 26 de julho de 2019
Você 3
O jeito dos
jeitos é
Você!
O quê dos
trejeitos
é Você!
Um charme de
veludo
que se vê.
Uma graça de
tudo
em te ter.
De tudo que
é perfeito
és buquê.
Se em ti
meus olhos
eu deito,
és amor.
Tu és um bem
me quer
por onde tu
passas mulher,
por onde
contigo eu for.
Tens o
perfume de tudo
que a
primavera
sabe espelhar.
Tens o fruto
de tudo
que o outono
sabe lançar.
Tens a
paixão de tudo
que o
inverno sabe nevar.
Tens o
clarão de tudo
que o verão
sabe iluminar.
Tu me deixas mudo.
Tu me deixas fora do ar.
Você 2
Partes que se encontram,
se unem e se acoplam!
Partes que se devotam,
partes que se amam!
Partes que se denotam,
fazem tudo em um quantum!
Partes de um em dois
partes de dois em um,
partes que mesmo depois,
se encontram em lugar algum!
Em tempo que se adora
de viver cada momento,
carinhos que batem dentro,
sentimentos que não vão embora!
se unem e se acoplam!
Partes que se devotam,
partes que se amam!
Partes que se denotam,
fazem tudo em um quantum!
Partes de um em dois
partes de dois em um,
partes que mesmo depois,
se encontram em lugar algum!
Em tempo que se adora
de viver cada momento,
carinhos que batem dentro,
sentimentos que não vão embora!
Você 1
O que não
sei explicar
entre nós
dois,
é que não
temos antes
e nem
depois!
É que somos
além
do tempo e
do lugar!
O que ocorre
entre a gente
é que o
passado, o futuro
e presente
estão todos
aqui e
agora!
Partes de
mim em você,
partes de
você em mim,
não sei
dizer o porquê,
só sei que
quem te adora,
é esta parte
minha de você,
que dentro
de mim se aflora
como uma
rosa no jardim!
quinta-feira, 25 de julho de 2019
Soneto do perdão e da alegria
Veja, sendo um sol meu soneto hoje se adentra.
Por mais águas avolumem seu rio, eu as irrigo!
Nunca, nunca abandone de assumir sua lenda,
o universo cacheará todo seu campo de trigo!
Por mais águas avolumem seu rio, eu as irrigo!
Nunca, nunca abandone de assumir sua lenda,
o universo cacheará todo seu campo de trigo!
Pensarão estar percorrendo tonto outra estrada,
inclusive ingenuamente condenar-te pobre louco,
mas quem derribou neste mundo o tudo em nada,
não te compreender, não te amar, é muito pouco!
inclusive ingenuamente condenar-te pobre louco,
mas quem derribou neste mundo o tudo em nada,
não te compreender, não te amar, é muito pouco!
O universo estrelado será assim teu infinitamente,
favos de luzes encherão a quietude do teu quarto,
sinta profundamente o sonho eterno que te aflora!
favos de luzes encherão a quietude do teu quarto,
sinta profundamente o sonho eterno que te aflora!
Perdoe críticas passadas, viva bem este presente,
somente poetas, sábios, os profetas tem este tato,
para viver plenamente contente este aqui e agora.
somente poetas, sábios, os profetas tem este tato,
para viver plenamente contente este aqui e agora.
quarta-feira, 24 de julho de 2019
Maya
Por que entre os dois tanta disputa para ser o mais sábio?
Ora, pois, pois, sabedoria não se mede exibindo-se de soslaio!
Depois, muito depois, quem realmente será o mais sábio entre os dois?
Como avaliar entre os destroços?
Nesta ilusão eu não caio! Ah! Se os homens soubessem que este mundo é uma silente mó!
Ninguém sabe quem é quem quando se mira a cor dos ossos!
Ninguém sabe quem foi alguém quando tudo vira pó!
Ora, pois, pois, sabedoria não se mede exibindo-se de soslaio!
Depois, muito depois, quem realmente será o mais sábio entre os dois?
Como avaliar entre os destroços?
Nesta ilusão eu não caio! Ah! Se os homens soubessem que este mundo é uma silente mó!
Ninguém sabe quem é quem quando se mira a cor dos ossos!
Ninguém sabe quem foi alguém quando tudo vira pó!
domingo, 21 de julho de 2019
A musa da Poesia Bernadette Lyra
A Lyra da poesia é Bernadette! A Bernadette da Lyra é só poesia!
Não! Não que eu esteja pintando o sete! Nem a dizer alguma tonteria! Bernadette é a nova Artêmis, a mim, que seja Heráclito diante de sua eterna musa moderna!
Em uma das mãos ela empunha a Lyra!
Na outra mão sustenta o arco da poesia cuja seta incendeia o mundo com seu fogo perpétuo, o logos oriundo de tudo que constantemente passa.
Ou seja, que transpassa a cada coisa que outra coisa abraça em cada segundo evoluindo para outro segundo e se despedindo do segundo anterior de que cada movimento por si mesmo enlaça.
Permanentemente Panta Rhei e mesmo que o tempo seja um denominador absoluto e o espaço seu reino robusto, a poesia de Bernadette Lyra é o elo que liga tudo, desde o que já se viveu, o que está sendo vivido e o que virá a ser na girândola do seu apogeu!
Os que amam a poesia te saúdam Bernadette, pois a Lyra já veio contigo do berço Bernadette Lyra!
Não! Não que eu esteja pintando o sete! Nem a dizer alguma tonteria! Bernadette é a nova Artêmis, a mim, que seja Heráclito diante de sua eterna musa moderna!
Em uma das mãos ela empunha a Lyra!
Na outra mão sustenta o arco da poesia cuja seta incendeia o mundo com seu fogo perpétuo, o logos oriundo de tudo que constantemente passa.
Ou seja, que transpassa a cada coisa que outra coisa abraça em cada segundo evoluindo para outro segundo e se despedindo do segundo anterior de que cada movimento por si mesmo enlaça.
Permanentemente Panta Rhei e mesmo que o tempo seja um denominador absoluto e o espaço seu reino robusto, a poesia de Bernadette Lyra é o elo que liga tudo, desde o que já se viveu, o que está sendo vivido e o que virá a ser na girândola do seu apogeu!
Os que amam a poesia te saúdam Bernadette, pois a Lyra já veio contigo do berço Bernadette Lyra!
quinta-feira, 18 de julho de 2019
O Poeta e o cão
Tudo passa! Menos o poeta e o cão!
Pois tudo se enlaça quando o poeta abraça o cão!
Dizem que o cão passa quando passa na contra mão ou quando atravessa a estrada pensando que é uma praça e por atravessar assim na sua ingenuidade, o cão não passa!
Fica no coração do dono como uma moldura na recordação!
O poeta pode um dia até se esvair!
Chegar ao ponto de não deixar sombra alguma!
Ah! Incautos! O ir e vir do poeta está nos seus versos que vão sempre existir!
Seus versos são como sementes de areia que pululam com o vento sobre as dunas do tempo!
O poeta vai além ao ir além dos sentimentos!
O poeta não passa porque é profeta! Não! Não passa o poeta, nem passa o cão!
Não passará Matusalem Dias de Moura, nem passará seu cão também!
Pois tudo se enlaça quando o poeta abraça o cão!
Dizem que o cão passa quando passa na contra mão ou quando atravessa a estrada pensando que é uma praça e por atravessar assim na sua ingenuidade, o cão não passa!
Fica no coração do dono como uma moldura na recordação!
O poeta pode um dia até se esvair!
Chegar ao ponto de não deixar sombra alguma!
Ah! Incautos! O ir e vir do poeta está nos seus versos que vão sempre existir!
Seus versos são como sementes de areia que pululam com o vento sobre as dunas do tempo!
O poeta vai além ao ir além dos sentimentos!
O poeta não passa porque é profeta! Não! Não passa o poeta, nem passa o cão!
Não passará Matusalem Dias de Moura, nem passará seu cão também!
quarta-feira, 17 de julho de 2019
Poema a Heráclito
Pode haver pavio sem chama
e pode existir chama sem pavio.
Há quem no rio sempre mergulha
e vai ao fundo com toda calma.
Em outros o rio é uma agulha
que lhe costura por dentro a alma.
Assim como há chama que arde,
também há chama de pouco fogo.
Assim como há rio por toda parte
ao pensar este rio como o Logos.
e pode existir chama sem pavio.
Há quem no rio sempre mergulha
e vai ao fundo com toda calma.
Em outros o rio é uma agulha
que lhe costura por dentro a alma.
Assim como há chama que arde,
também há chama de pouco fogo.
Assim como há rio por toda parte
ao pensar este rio como o Logos.
domingo, 14 de julho de 2019
Almas gêmeas
Tudo aconteceu em uma noite de magia. Tudo foi correndo pela barca da correnteza da madrugada até içar as velas do carro solar.
Tudo mesmo ou coincidente, foi-se vestindo de sincronia e de charme. Tudo irradiava quando menos se esperava como um flash das antigas, daqueles não jorrados mais nos dias de hoje.
Tudo foi tão surpreendente como aquelas antigas fotos instantâneas dos fotógrafos lambe-lambe das praças antigas.
Tudo tão suave com seu deslizar pelo brilho das estrelas e pela extensão da via láctea.
Tudo volveu-se em si mesmo em uma enigmática nave.
Embora tudo fosse galáctico, também ao mesmo tempo era estrela cadente! Embora fosse temático, tudo abraçava todas as licenças poéticas.
Tudo no início parecia virtual, fazendo-se com o tempo tão longe e tão perto, tão igual e tão desigual. Tudo partindo e se encontrando.
Tudo desunindo e se acoplando. Tudo tão sensível. Tudo tão visível e invisível.
Tudo tão difícil de entender e explicar. Tudo com direção e ao mesmo tempo sem rumo.
Tudo deitado no chão e ao mesmo tempo no prumo.
Tudo discursando um silêncio mudo!
Tudo mesmo ou coincidente, foi-se vestindo de sincronia e de charme. Tudo irradiava quando menos se esperava como um flash das antigas, daqueles não jorrados mais nos dias de hoje.
Tudo foi tão surpreendente como aquelas antigas fotos instantâneas dos fotógrafos lambe-lambe das praças antigas.
Tudo tão suave com seu deslizar pelo brilho das estrelas e pela extensão da via láctea.
Tudo volveu-se em si mesmo em uma enigmática nave.
Embora tudo fosse galáctico, também ao mesmo tempo era estrela cadente! Embora fosse temático, tudo abraçava todas as licenças poéticas.
Tudo no início parecia virtual, fazendo-se com o tempo tão longe e tão perto, tão igual e tão desigual. Tudo partindo e se encontrando.
Tudo desunindo e se acoplando. Tudo tão sensível. Tudo tão visível e invisível.
Tudo tão difícil de entender e explicar. Tudo com direção e ao mesmo tempo sem rumo.
Tudo deitado no chão e ao mesmo tempo no prumo.
Tudo discursando um silêncio mudo!
sábado, 13 de julho de 2019
Conto do reencontro
Era tão grande nossa imensa amizade...Viver longe dela somente um minuto seria suportar o golpe de um surto. Meu corpo vazio ficou do tipo de uma triste cidade onde não há taças de cristais nem vinho puro... Da mesma forma no final de um pavio se apaga a chama, ou no fim da festa se vão tristonhos os comensais... Assim se ausenta a sentinela de cada sua torre erguida com sonhos e esmero, pálido se definhou meu desespero em dez anos de ausência; enquanto por meu espanto vivi o branco de sua distante ausência e não sabia encontrar sua presença nas ruas por onde andava, nos bares por onde sorvia a noturna madrugada, em cada janela abrindo seu rosto ao meu desamparo... Em cada porta fechando ao seu vulto... Em cada lugar refletia somente a presença do nada! E agora faz dez anos e dez anos são dez vezes mais todos os meus desenganos; todos os lenços pendurados no varal dos meus prantos! Anos inteiros com seus vorazes e devoradores meses! Agora me surpreendo do encanto deste solene encontro, onde não consigo sequer falar um tantinho do tamanho da saudade, desde o dia daquela inesperada e triste partida da minha mente, tão linda Penélope era seu vulto filosófico de mulher grega e sábia! Não tenho outra coisa a fazer, a não ser derramar minha vida como um menino, por cada rua, esquina e praça da cidade e talvez assim com a alma enlouquecida, poderei chorar vazio de palavras para o repentino encontro, quando bobo de mim cairei sob seu olhar, meio tolo e tonto! Não atravessarei mais a seta no aro desta vez, apenas meu corpo retesará ao inverso seu arco inflexionado com a luz do teu olhar atravessando minha alma por inteiro, como um Ulisses sem nenhum disfarce.
sexta-feira, 12 de julho de 2019
Soneto do amor romântico
Por treze vezes bati naquele umbral,
a porta permanecia sempre fechada,
sucedia que sua argola de puro metal,
só mostrava a boca redonda, fechada.
a porta permanecia sempre fechada,
sucedia que sua argola de puro metal,
só mostrava a boca redonda, fechada.
Por treze vezes assim me madruguei
batendo, batendo, batidas sem cessar,
no ferrolho da porta eu curvo implorei,
além de um soluço, um triste sussurrar.
batendo, batendo, batidas sem cessar,
no ferrolho da porta eu curvo implorei,
além de um soluço, um triste sussurrar.
Repetindo insisti assim naquele batente,
persisti diante daquele invencível portal,
cansado, já abatido na soleira da morte,
persisti diante daquele invencível portal,
cansado, já abatido na soleira da morte,
quando, por espanto, em nudez luzente,
sob pele de cetim o mais belo ser divinal:
“entra querido, treze seu número de sorte!”
sob pele de cetim o mais belo ser divinal:
“entra querido, treze seu número de sorte!”
quinta-feira, 11 de julho de 2019
Trocadilhos de amor
É de cabeça erguida que devemos ir adiante pela vida
e dar um salto a cada instante sobre a borda do mundo,
a tentação da Raimunda e a pureza de Margarida!
A qualquer Raimundo eu tenho o maior respeito e por
maior que seja o mundo e mais simples o sujeito!
Mas se sua amada se chama Raimunda,
Oh! Meu Deus que barafunda!
Sonho ainda meu sonho profundo de encontrar
a mais bela Margarida sorridente e vestidinha de chita!
Quando todos os desejos não se realizam,
o mundo é um terrível poço sem fundo
e a vida (cala-te boca!) é uma privada entupida!
e dar um salto a cada instante sobre a borda do mundo,
a tentação da Raimunda e a pureza de Margarida!
A qualquer Raimundo eu tenho o maior respeito e por
maior que seja o mundo e mais simples o sujeito!
Mas se sua amada se chama Raimunda,
Oh! Meu Deus que barafunda!
Sonho ainda meu sonho profundo de encontrar
a mais bela Margarida sorridente e vestidinha de chita!
Quando todos os desejos não se realizam,
o mundo é um terrível poço sem fundo
e a vida (cala-te boca!) é uma privada entupida!
segunda-feira, 8 de julho de 2019
Espanto
Espero que a praça seja do povo
e o povo esteja na praça!
Quero ver a praça lotada!
Quero ver a alegria de novo!
Dizem cômicamente que só
ri quem acha graça.
Temo por uma época,
minha gente,
em que mesmo seja
engraçada a piada,
não há quem consiga
achar graça em nada!
e o povo esteja na praça!
Quero ver a praça lotada!
Quero ver a alegria de novo!
Dizem cômicamente que só
ri quem acha graça.
Temo por uma época,
minha gente,
em que mesmo seja
engraçada a piada,
não há quem consiga
achar graça em nada!
sábado, 6 de julho de 2019
Poema de todas as estações
Os sóis invernais nos dias de densa neblina, nem bem sei o que digo! Pois junto à neve na colina ou seus raios transversais deslizando sobre os telhados, dá-nos um frio no umbigo!
Os sóis outonais também tem seus frutos; são sóis pendurados em arbustos, tais como em vultos são debulhados sorrisos ou como em rostos são desvelados os sustos!
Os sóis do esperado verão para muitos amantes do mar ou dos passeios praianos, destes sóis muitos terão às claras sonhos insanos! Deles nem é bom contar, Ó meu Deus quanta ilusão! Sobre os sóis da primavera,
Agora o que eu digo? Sejam flores pelos caminhos, brilhando com todas as cores, bailando pelos cantinhos! Em cada covinha do rosto, um sol nascendo, outro sol posto!
Os sóis outonais também tem seus frutos; são sóis pendurados em arbustos, tais como em vultos são debulhados sorrisos ou como em rostos são desvelados os sustos!
Os sóis do esperado verão para muitos amantes do mar ou dos passeios praianos, destes sóis muitos terão às claras sonhos insanos! Deles nem é bom contar, Ó meu Deus quanta ilusão! Sobre os sóis da primavera,
Agora o que eu digo? Sejam flores pelos caminhos, brilhando com todas as cores, bailando pelos cantinhos! Em cada covinha do rosto, um sol nascendo, outro sol posto!
sexta-feira, 5 de julho de 2019
Meu vizinho
Da fruta caída, no chão esquecida,
sorvida então no bico do tico tico,
que posso pensar do meu cantinho
aqui atrás da janela, escondidinho?
Talvez que sua face virada pra mim,
do seu movimento suave e mansinho,
posso pensar que minha alma é assim
também um elegante passarinho a pular
em pensamento no jardim! Mesmo que
ele esteja vivendo lá fora, mesmo que
eu esteja observando atento, mesmo que
ele vá pra sempre embora, não há início
nem fim, eterno presente neste evento!
sorvida então no bico do tico tico,
que posso pensar do meu cantinho
aqui atrás da janela, escondidinho?
Talvez que sua face virada pra mim,
do seu movimento suave e mansinho,
posso pensar que minha alma é assim
também um elegante passarinho a pular
em pensamento no jardim! Mesmo que
ele esteja vivendo lá fora, mesmo que
eu esteja observando atento, mesmo que
ele vá pra sempre embora, não há início
nem fim, eterno presente neste evento!
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